quarta-feira, 11 de julho de 2007

O desespero de Negrão

Negrão partiu para estas eleições com a espinhosa tarefa de conseguir um resultado digno para o PSD. Esse resultado andaria sempre em torno dos 20 a 25%. Verdade seja dita de que, perante a pesada herança da gestão autárquica dos últimos 6 anos na Câmara Municipal de Lisboa, mesmo um bom candidato não conseguiria um resultado melhor.

Todavia, a campanha tem corrido muito mal a Negrão, pelo que esse resultado já está fora de qualquer cogitação. Primeiro, foi a composição da lista, em que não conseguiu impor a Paula Teixeira da Cruz a necessidade de o PSD se apresentar a sufrágio de cara lavada, o que só aconteceria se nenhum dos vereadores da anterior equipa se recandidatasse. Depois, foi aquele episódio lamentável das siglas, em que parecia um boneco que reproduz o que lhe foi (mal) transmitido. Agora, o cúmulo do desespero está bem evidente na forma como questiona o carácter dos seus adversários directos, em especial de elementos da lista do PS.
A última cartada estratégica de Negrão não é nova na política. Se Negrão não tivesse memória curta, lembrar-se-ia de que está a seguir um guião que foi interpretado por Santana Lopes há dois anos. Os resultados também serão os mesmos, porque nisso os eleitores ainda continuam a ser previsíveis.
JM