quarta-feira, 4 de julho de 2007

Uma nova cidade.

É com muito gosto que vejo que o debate da reorganização administrativa da cidade de Lisboa começa a submergir, ainda que sorrateiramente, na campanha eleitoral.
Este é, a meu ver, um debate decisivo para o «terceiro tempo» da cronologia Costa.
É obvio que, com tanta trapalhada para resolver na CML, com tanto buraco por tapar, com a solvência financeira da câmara a assegurar, o tema da reorganização administrativa da cidade de Lisboa não seja prioritário. Mais, também penso que não caberá neste mini-mandato, de apenas dois anos. Será, isso com certeza, tema para fechar o próximo ciclo, daqui a seis anos.
Entretanto julgo imperativo que se promova um amplo debate público, o mais participado possível, onde sejam apresentadas propostas, sejam debatidas ideias, sejam construídos consensos e alternativas.
Lisboa não pode, como recorda o Carlos Castro, ser mantida com freguesias como os Olivais ou como os Mártires. Não é viável nem de boa gestão. Também não sei dizer se a solução deve passar pelos 4 Bairros do outro regime ou por outras soluções mais «modernaças». Sei que há que mudar, que há que definir critérios e que há que apresentar propostas.
Temos, hoje, de saber debater, saber planear e, depois, saber executar.
Este é um tema que me é muito querido. Dentro do PS, tenho procurado que se desmontem os tabus que envolvem a temática: o medo de perder esse pequeno poder que é ser Presidente de Junta, o medo à mudança, e o eterno medo de arriscar. No PS Belém (também no PS Lumiar) já há algum tempo que temos procurado promover algumas reflexões. São manifestamente ainda insuficientes, mas são um começo.
E, por vezes, é só de um começo que se necessita…

[Ana, um beijo… estava a ver que não escrevias…]
JRS