sábado, 9 de junho de 2007

Marques Mendes joga o seu futuro nestas eleições

O resultado das eleições em Lisboa tem sempre repercussões a nível nacional. Nas anteriores eleições, os eleitores utilizaram-nas para penalizar o Governo. Foi assim em 1989, 1993, 2001 e 2005.
O facto novo nestas eleições é que, desta vez, tudo aponta para que o grande penalizado seja o líder da oposição. O péssimo resultado que o PSD se prepara para obter é directamente imputável à «magnífica» gestão levada a cabo por Marques Mendes e por Paula Teixeira da Cruz. Foram eles que escolheram Carmona, em detrimento de Santana, que inventaram a tese de que os autarcas arguidos têm de suspender os mandatos e que, sobretudo, escolheram o momento da queda da Câmara. Como assinalava Pedro Magalhães, num artigo no Público de há umas semanas, é espantoso como Marques Mendes não soube escolher o momento da saída de Carmona que mais lhe convinha. Pelo contrário, esteve sempre refém de acontecimentos que não controlava. É, por isso, que o seu destino já se encontra traçado. A única questão que ainda se encontra em aberto é a de saber qual a dimensão da humilhação: ficará o PSD em 2.º lugar com uma votação a rondar os 20% ou será relegado para 3.º lugar, ou mesmo para 4.º lugar, atrás de Carmona e de Roseta?

JM